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18.9.06

Desconfiem dos produtos muito baratos!

( um dos temas da minha monografia...)

DRT-RJ liberta trabalhadores de situação análoga à escravidão
Brasília, 18/09/2006 - Auditores Fiscais do Trabalho do Rio de Janeiro libertaram nesta segunda-feira (18) cerca de 45 trabalhadores, entre eles, quatro menores de 16 a 18 anos, que eram mantidos em situação análoga a de escravo, na favela do Catiri, em Bangu, Zona Oeste da cidade. Os trabalhadores vendiam redes e mantas nas ruas do Rio. Participaram também da operação o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Federal e a Polícia Militar.
No local a equipe encontrou também o dono da tecelagem de mantas e redes São José, Manoel Gomes Chavier, e dois aliciadores de mão-de-obra escrava. Todos foram levados para a Polícia Federal, onde prestam depoimento.
Os trabalhadores são oriundos da cidade de São Bento das Redes, no sertão da Paraíba, e foram transportados até o Rio na caçamba fechada de um caminhão durante três dias, junto às redes que seriam vendidas.
A escravidão por dívida começou no momento em que deixaram sua cidade de origem. O aliciador do trabalho escravo, conhecido como ‘gato’, passou aos trabalhadores R$ 1,5 mil para serem deixados com a família. A cada rede vendida o trabalhador receberia R$ 3, que supostamente seriam abatidos da dívida. O trabalho de venda de redes e mantas durava, em média, quatro meses.
“Não há controle do dinheiro acumulado pelos trabalhadores, que acabavam enganados. Em um dos depoimentos o resgatado achava que devia R$ 6 mil”, relata o auditor fiscal do trabalho e chefe da Divisão de Inspeção da Fiscalização do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (DRT-RJ), Guilherme Moreira.
Na cidade, os trabalhadores eram alojados em galpões improvisados e dormiam em redes. De acordo com Guilherme, um dos galpões teve que ser interditado por ser fétido, escuro e úmido, sem condições de alojamento. “Era apenas um banheiro para todos os trabalhadores e não havia condição de uso”, completa.
A equipe chegou até o local por meio de denúncia registrada pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. O valor que será pago em indenizações aos trabalhadores ainda não foi calculado e estima-se que a ação termine somente na quarta-feira.

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